Boletim SINEPE/NOPR – 8 de setembro de 2016
Boletim SINEPE/NOPR – 8 de setembro de 2016
Irregularidades em escolas do Recife
Segundo a Agência Brasil, o Ministério da Educação abriu processo para investigar faculdades citadas no relatório da CPI da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que aponta irregularidades na oferta de cursos em 17 instituições de ensino privadas. Foram quatro as principais irregularidades indicadas: a oferta de cursos superiores sem credenciamento no MEC; instituições que ministram cursos de extensão como se fossem graduação; faculdades que utilizam instalações da rede pública estadual e municipal indevidamente e, por fim, organizações que comercializam diplomas.
Suspensão de cursos
As faculdades citadas ofereciam cursos em Pernambuco e várias possuem sede e atuação em outros estados. Cerca de 20 mil alunos foram prejudicados pelas instituições citadas, segundo a Alepe. O documento da Comissão de Inquérito acusa as instituições de propaganda enganosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato e associação criminosa. Entre as recomendações do relatório da CPI estão a suspensão de cursos e programas de extensão e bloqueio de bens para ressarcimento dos estudantes afetados.
Mudanças no Enem em 2017
Os estudantes que irão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017 podem esperar mudanças em relação ao modelo atual da prova. Em entrevista à Gazeta do Povo, a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, disse que estão sendo realizados estudos com o objetivo de que o exame retome sua tradição de avaliar os “processos mentais de inteligência”.
Anúncio das mudanças
Fini disse que estão sendo realizados estudos com o objetivo de que o exame retome sua tradição de avaliar os “processos mentais de inteligência”. A professora adiantou que as mudanças devem ser anunciadas logo após a realização do Enem deste ano.
Educo 2016
Será realizado em São Paulo, nos dias 29 e 30, o 1.º Congresso de Gestão Estratégica nas Escolas Privadas – EDUCO 2016. O encontro, inédito no Brasil, reunirá diretores e mantenedores escolares para troca de experiências e métodos em gestão estratégica que auxiliará na gestão da empresa através da abordagem prática dos assuntos cotidianos nas áreas de gestão profissional sem mercantilizar a educação, sempre com apresentação e discussão de casos reais. Mais informações e inscrições: http://www.educobrasil.com.br/inscricoes
Bolsas para doutorado
Foi prorrogado para 14 de outubro o prazo para realizar a inscrição no programa de bolsas para doutorado pleno no exterior da Capes. Inicialmente, o prazo se encerraria nesta terça-feira. O cronograma atualizado está disponível no site da Capes. Segundo o edital, o órgão, irá conceder até 200 bolsas de estudos, de acordo com a “disponibilidade orçamentária e financeira”. Fonte: Revista Veja
Universalização
De acordo com dados da Unicef e da Unesco, em 2008, dos 117 milhões de crianças e jovens com idade escolar na América Latina e no Caribe, 6,5 milhões não frequentavam a escola. Além disso, 15,6 milhões estavam com atraso de dois anos ou mais, correndo grande risco de abandonar a escola. Por isso, a Rede Latino-Americana de Organizações da Sociedade Civil pela Educação iniciou uma campanha de mobilização pela universalização do acesso e permanência das crianças e jovens na escola.
Importância do Fies
O porcentual de jovens que abandona o ensino superior em entidades privadas no primeiro ano do curso é 3,5 vezes maior entre aqueles que não foram contemplados com o Fies. Em 2014, 25,9% dos alunos que não tinham o financiamento evadiram no primeiro ano de curso. Entre os que foram contemplados com o financiamento, a evasão foi de 7,4%. A evasão é maior entre os alunos que não obtiveram o financiamento porque eles têm menos segurança financeira em continuar no ensino superior e porque têm menos certeza de que estejam no curso certo.
Taxa de evasão
A taxa de evasão é maior nas licenciaturas (27,9%) e engenharias (26,2%). As menores taxas são registradas em odontologia (14,5%) e medicina (4,8%). A evasão nas licenciaturas é maior porque o aluno não encontra um curso que gostaria. Já nas engenharias, os alunos que chegam despreparados, sem uma boa educação básica, acabam indo mal nas disciplinas e desistem. Já a taxa de permanência – que considera a permanência do aluno no mesmo curso em um período de 5 anos – mostra que os alunos de universidades públicas desistem menos do que os de entidades particulares.
Posição do MEC
Em 2014, havia cerca de 7,8 milhões de alunos matriculados no ensino superior – 75%, ou seja, 5,9 milhões na rede privada. Em nota, o MEC informou que “entende que o financiamento estudantil não é o único ponto para resolver o problema da evasão no ensino superior”. Segundo a pasta, “a evasão no ensino superior é um problema de alcance mundial e de natureza múltipla, envolvendo desde a dificuldade financeira até questões como qualidade dos cursos, atendimento, expectativa do aluno, repercussão de empregabilidade, entre outros fatores”. Fonte: Agência Brasil – Revista Gestão Universitária.
Maringá, 08 de setembro de 2016.
Assessoria de imprensa SINEPE/NOPR