Boletim SINEPE/NOPR – 12 de setembro de 2017
Boletim SINEPE/NOPR – 12 de setembro de 2017.
Diretoria eleita
Na última semana os associados do SINEPE/NOPR elegeram a nova diretoria que conduzirá os destinos da instituição na próxima gestão, 2017/2019. O atual presidente José Carlos Barbieri foi reeleito para o cargo. A data da posse ainda será definida pelos novos diretores.
Censo da Educação
Matrículas em cursos de graduação públicos tiveram aumento de 1,9% em 2016, em relação ao ano anterior, indica o Censo da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), apresentado nesta quinta-feira (31). O movimento da rede privada foi oposto, registrando a primeira queda no número de alunos em 25 anos, de 0,3%. A rede federal é o maior sistema público, com participação de 62,8% e com mais de 1,2 milhão de alunos, registrando o maior crescimento entre todas as redes no período de 2015 a 2016, de 2,9%. A rede estadual ocupa 31,3% das matrículas de 2016, enquanto a rede municipal representa 5,9%.
Melhora na infraestrutura
Na avaliação do ministro da Educação, Mendonça Filho, a melhora da infraestrutura das universidades e instituições de ensino públicas foi fundamental para esse aumento no número de matrículas. “As condições de ofertas de vagas na rede pública também merecem destaque”, afirmou. Em 2016, foram ofertadas mais de 10,6 milhões de vagas em cursos de graduação, sendo 73,8% vagas novas e 26%, vagas remanescentes.
Vagas
Em 2016, 34.366 cursos de graduação foram ofertados em 2.407 instituições de educação superior (IES) no Brasil, para 8.052.254 estudantes matriculados. Segundo as estatísticas apresentadas, as 197 universidades existentes no País equivalem a 8,2% do total de IES, mas concentram 53,7% das matrículas em cursos de graduação. No ano passado, o número de matrículas na educação superior (graduação e sequencial) continuou crescendo, mas essa tendência desacelerou, se comparada aos últimos anos. Os cursos de bacharelado mantêm sua predominância na educação superior brasileira, com 69% das matrículas. Os cursos de licenciatura tiveram o maior crescimento (3,3%) entre os graus acadêmicos em 2016, quando comparados a 2015.
Alunos
Em 2016, quase 3 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior de graduação. Desse total, 82,3% em instituições privadas. Após uma queda observada em 2015, o número de ingressantes teve um crescimento de 2,2% em 2016. Isso ocorreu porque a modalidade a distância aumentou mais de 20% entre os dois anos, enquanto nos cursos presenciais houve um decréscimo de 3,7% no número de ingressantes.
Concluintes na graduação
Ano passado, mais de um 1,1 milhão de estudantes concluíram a educação superior. O número de concluintes em cursos de graduação presencial teve aumento de 2,4% em relação a 2015. A modalidade a distância diminuiu 1,3% no mesmo período. Entre 2015 e 2016, o número de concluintes na rede pública aumentou 2,9%. Já na rede privada, a variação positiva foi de 1,4%. Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Educação (MEC).
Cotas são responsáveis por 20% dos graduandos
Apenas 2 em cada 10 graduandos de cursos universitários ingressaram no ensino superior por meio do uso de políticas de ação afirmativa ou inclusão social em 2016. É o que mostram os dados do Enade 2016, divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Inep. O Enade é realizado para medir o desempenho dos estudantes que estão concluindo seus cursos de graduação no país. Mais de 195 mil alunos participaram das provas em 2016, no entanto, apenas 20,4% afirmaram ter ingressado na faculdade por meio de cotas sociais ou raciais.
Avaliação
Nesta edição do exame, foram avaliados 4.300 cursos tecnológicos, de bacharelado e de licenciatura nas áreas de saúde, ciências agrárias, ambiente e segurança. É o caso, por exemplo, de cursos como medicina, enfermagem, serviço social e tecnólogo em agronegócio. Dentre as ações afirmativas, a maior parte dos alunos lançou mão do histórico de estudos em escola pública ou particular com bolsa, representando 35,4%. Critérios de renda foram responsáveis pela entrada de outros 30,1% dos graduandos cotistas. Critérios étnico-raciais representaram 7%. Dentre os concluintes que fizeram o exame, 51,7% se declararam brancos e 36,1%, pardos.
Número de mulheres é maior
Dados do questionário socioeconômico aplicado aos alunos inscritos no Enade mostram que o número de mulheres que concluiu o ensino superior é maior que o de homens em todas as faixas etárias. Entre 22 e 25 anos, a presença do sexo feminino é maior que o do público masculino, chegando a 59 mil mulheres formandas para 25 mil estudantes homens. Em relação a cor ou raça, 51,7% dos alunos se declararam como brancos, 35,1% como pardos, 8,6% como pretos 2,7% como amarelos e 0,4% como indígenas. Pouco menos de 2% não quiseram declarar. Além disso, 44,7% afirmaram não ter renda e ter os gastos bancados pela família. Outros 21,3% disseram ter renda e mesmo assim receber ajuda da família para financiar os gastos. Apenas 16,5% das mães e 14,6% dos pais dos alunos possuem ensino superior (graduação) completo.
Taxa de comparecimento
O grau de escolaridade da família é predominantemente no ensino médio: 32,5% dos estudantes afirmaram que as mães estudaram até essa etapa do ensino, e os pais, 30,8%. Medicina é o curso com maior taxa de comparecimento de alunos no dia da prova: 15.865 estudantes realizaram o exame, o que equivale a 98% dos inscritos desse curso no Enade. A menor taxa de comparecimento é de tecnologia em radiologia: dos 2.898 inscritos, apenas 2.387 alunos estiveram presentes na prova, ou seja, 82%. (Portal Brasil)
Paranaense preside a Fenep
O novo presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP) é paranaense. Trata-se do professor Ademar Batista Pereira, que presidiu o Sindicato da Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR) entre 2008 e 2012. Esta é a primeira vez que um paranaense assume a liderança da instituição, que tem 28 anos de existência.
Renovação do currículo dos professores
Pereira adianta que o primeiro esforço da Fenep sob sua presidência será trazer os gestores do ensino particular a Curitiba, para um evento realizado em parceria com o Sinepe/PR no qual será realizado um workshop sobre a formação dos professores. “A ideia é sair daqui com uma proposta de renovação do currículo dos professores, uma vez que 90% destes profissionais no país têm origem nas instituições particulares”, frisa. Fonte: Sinepe/PR
Análise dos alimentos de cantinas
Dois em cada três alimentos consumidos nas cantinas têm baixo valor nutricional Dois de cada três alimentos consumidos por crianças e adolescentes nas cantinas de escolas privadas do país têm baixo valor nutricional. Essa é uma das conclusões da pesquisa Hábitos Alimentares de Crianças e Adolescentes em Cantinas de Escolas Privadas no Brasil em 2016, realizada pelo Center for Behavioral Research (CBR) da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ebape), em parceria com a empresa Nutrebem.
Baixo valor nutricional
Foram analisadas mais de 1,2 milhão de compras feitas no ano passado por mais de 19 mil estudantes em cantinas de 97 escolas localizadas em 25 cidades de sete estados brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Santa Catarina e Bahia) e do Distrito Federal. “Ficou claro com esses dados que a maioria do que é consumido é de baixo valor nutricional, tanto para doces, como para salgados e bebidas”, disse à Agência Brasil o professor da FGV Ebape e coordenador do CBR, Eduardo Andrade.
Oferta
Embora, na média, se observe um consumo elevado de produtos de baixo valor nutricional, há algumas escolas em que alimentos melhores estão disponíveis. “Existem poucas escolas em que é oferecido muito produto com médio e alto valor nutricional e também são consumidos muitos produtos saudáveis”, diz o coordenador do CBR. Uma das razões para que a maior parte das escolas ofereça alimentos de baixo valor nutricional é de ordem econômica. Produtos industrializados de mais baixo valor nutritivo são mais convenientes e lucrativos para as cantinas. “Talvez estejam mais expostos que os produtos mais nutritivos”.
Gênero
O consumo pouco saudável é comum tanto para meninos quanto para meninas. A partir da adolescência, porém, as garotas começam a comer de maneira um pouco mais saudável que os garotos. Os pesquisadores da FGV acreditam que a pressão social e estética sobre as meninas seja maior a partir dessa fase, o que leva a um consumo mais consciente de alimentos.
Engajamento
Na avaliação de Eduardo Andrade, a mudança desse quadro exige o engajamento de três atores: pais, escolas e o próprio governo. Segundo ele, nem todas as escolas veem o consumo nas cantinas como uma responsabilidade também da instituição. “Não há preocupação tão grande com a educação alimentar”. O especialista avalia, entretanto, que não há como colocar a culpa só nas escolas e que os pais têm papel preponderante nesse processo uma vez que a educação alimentar também passa pelo que a criança come em casa e pelo monitoramento dos responsáveis em relação a essa questão.
O papel dos governos
O terceiro elemento, na avaliação do especialista, são os governos. Atualmente, no país, há diversos municípios e estados com leis específicas sobre o que pode ou não pode ser vendido nas cantinas, mas ainda não há um arcabouço federal que monitore esse processo. Segundo Andrade, dois projetos de lei sobre o tema tramitam na Câmara e no Senado, mas ainda não foram votados. Andrade destacou a importância do debate sobre educação alimentar uma vez que diversos hábitos são formados na infância e na adolescência. “Se nós aprendermos a consumir de maneira pouco saudável, será mais difícil consumir de maneira saudável na vida adulta. ” Fonte: Agencia Brasil Data: 30/08/2017.
STF decide sobre ensino religioso
O Supremo Tribunal Federal vai continuar, no dia 20 de setembro, a sessão do julgamento da ação na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede que a Corte reconheça que o ensino religioso nas escolas públicas deve ser de natureza não confessional, ou seja, sem que a pessoa seja representante de alguma igreja, no momento de repassar o conteúdo. O julgamento começou no último dia 30 de agosto é o placar está três votos favoráveis à tese da PGR e dois votos contrários.
Divergências
Há muita divergência entre os magistrados sobre o assunto. O ministro Alexandre de Moraes opinou que o Estado não pode interferir na fé das pessoas e que o direito a manifestação religiosa é uma garantia constitucional. “O ministro da Educação baixaria uma portaria com os dogmas a serem ensinados, em total desrespeito à liberdade religiosa. O Estado deve ser neutro, não pode escolher da religião A, B ou C, o que achar melhor, e dar sua posição, oferecendo ensino religioso estatal, com uma nova religião estatal confessional. Não é essa a ideia da Constituição”, disse. Moraes foi acompanhado pelo ministro Edson Fachin.
Constituição
O relator, ministro Roberto Barroso, votou para dar interpretação conforme a Constituição e declarar que o ensino religioso nas escolas públicas de todo o país deve ser de forma não confessional, com proibição de admissão de professores ligados a qualquer religião e com matrícula facultativa. Para o ministro Luiz Fux, que acompanhou o relator, a possibilidade de ter um professor confessional para cada religião seria incompatível e não teria como ser aplicado em todas as escolas, por exemplo. Ainda segundo ele, a prática fere preceitos individuais. “A confessionalidade do ensino público ultraja de forma bi fronte a liberdade individual religiosa e a igualdade religiosa, ao impor uma preconcepção religiosa, o que implica no vedado proselitismo”, afirmou. Além de Fux, a ministra Rosa Weber também acompanhou o relator.
Maringá, 12 de setembro de 2017.
Assessoria de imprensa SINEPE/NOPR.